Psicoterapia que consiste em fazer os neuróticos improvisarem uma representação com cenas que retratem seu próprio comportamento na vida.

agosto 5, 2009

mudanças and changes y cambios

Filed under: Uncategorized — psicodramas @ 4:18 pm

Nos últimos dez minutos da última aula que antevira o ‘Graduation Day’, nos foi pedido uma ‘assignment’ que consistia em um diálogo com tema livre, coisa pequena mesmo, para nós mesmos lermos depois de uns anos. Sabe, lembrar as pessoas que éramos e comparar com as que seríamos, no dia em que lêssemos (quantas conjugações difíceis). Se minhas contas estão corretas, isso já faz uns quatro anos. Não sei bem se mudei muita coisa de lá para cá, acredito que tinha uma visão mais utópica acerca da vida. Aquele sonho revolucionário/rebelde de adolescente sensível que quer mudar o mundo. Eu ainda tento – ainda que de uma maneira mais cética – mudá-lo, mas parte dos sonhos utópicos e da sensibilidade ficou para trás. O realismo bate quando mais responsabilidades chegam (não, não sou nenhuma ‘mãe de família’, mas responsabilidade independe dessas condições, na minha mais humilde opinião) e você vai ficando cada vez mais incrédulo a respeito de promessas de um mundo melhor e mais bonito para você e seus futuros filhinhos que, da exata mesma maneira como te enalteciam, também são o futuro da nação. E os filhinhos dos seus filhinhos também os serão. E assim conseguintemente.

Ok, chega de fazer o papel daquele que conta que “Papai Noel não existe”. A bem da verdade, todos vocês já sabem disso. Mas é bom sempre acreditar, não é? Eu ainda acredito também. E quando conheço alguém ainda mais cético, incrédulo, enfim, chato que eu, faço o papel da hippie que fica entre a árvore e o lenhador, da humanitária Madre Teresa de Calcutá que ajuda crianças carentes, do empresário milionário que doa parte dos seus milhões para pesquisas sobre doenças até então sem cura. Ou seja, faço o papel daquele que acredita sim no tão falado mundo melhor. Porque eu acredito mesmo… Sempre seguido por um ‘apesar dos pesares’, mas acredito.

Ah é, e este que vos segue é o suposto diálogo. Permitam-me situá-los, são duas pessoas em partes diferentes do mundo falando ao telefone:

– Hi, it´s me. Yeah, hum, I… I´m sorry, I know it´s late there, I just… What happened to us? You know? I don´t know who I am anymore. Or how I got here. I miss who I used to be. I wanna have a home again you know? I miss that. I miss you. I guess I miss all of it. Is any of that make any sense?

– Yeah, makes all the sense in the world. A while ago, it all seemed so clear, didn´t it? Conquer the world, save the world… live happy ever after…

– Are you happy?

– Sometimes… not always. Are you?

– No.

– Ok, than let me ask you something: what is going to make you happy? Is how do you look? Or the car you drive or the people you know? Is it money or celebrity or power or acomplishments? Because I have all those things and… I don´t think it´s enough.

– Well, then, what is?

– Love, I guess. And that love can be for a man or woman… or a place, or a way of life, or even for a family… But where you find it it´s up to you. So where are you going to find that love?

– I think I need to go home.

– Yeah, I was hoping you´d say that.

13 Comentários »

  1. Mais uma vez estou a me perguntar, onde ela aprendeu a escrever bem assim? Bom, deve ter sido provávelmente, com aquela estante de livros da sua antiga casa ou com a grande Yara!
    Tenho apenas um questionamento a fazer, nem todos sabem inglês sarinha. O ideal seria que você escrevesse isso e colocasse a tradução. E quando queremos fazer diferença, “lutar por um mundo ideal” , temos que ser fiéis na nossa palavra. Começando em nós, mudando nossas atitudes, mas sem voltar atrás quando as coisas parecem que só vão piorar. E não podemos continuar com certos hábitos que nós julgamos errado, porém, não paramos de fazer. Disse Paulo na carta, aos Romanos. Então é isso. Sem mais chorumelas. Fique com Deus. Beijao

    Comentário por Rapha — agosto 5, 2009 @ 4:55 pm | Responder

    • Peachita de mi corazón,
      ler um comentário SEU assim tão gentil é para minha reles e energúmena pessoa uma honra! Muito obrigada, não pelo elogio, mas sim pelo prazer de ser elogiada por você.
      Sem mais para o momento, vulgo, sem mais chorumelas, citando a própria duas vezes.

      ps: Acredito que todos os ‘visitantes’ disso aqui sabem bem inglês (de forma alguma desmerecendo os que não sabem). Não vou traduzir, perdão, mas creio que se o fizer vai perder… a sonoridade… ou algo similiar que não sei bem do que se trata – não é falta momentânea de léxico, eu não sei o que seria mesmo, mas seria perdido -. Nada contra nossa querida Língua, prefiro ela, inclusive 😉

      pps: O máximo que a Yara fez foi me deixar com trauma de resenhas críticas. Apesar de gostar, nunca mais ouvi uma música da Sarah Brightman da mesma maneira =/

      Comentário por psicodramas — agosto 5, 2009 @ 9:31 pm | Responder

  2. Caras amigas,
    compreendo a questão levantada pela Rapha… A essência deste post, seu ponto alto, é exatamente o diálogo transcrito ao final, e é triste imaginar que pelo desconhecimento da língua estrangeira muitos não poderão se enriquecer com sua mensagem ou se reconhecer na história dos dois jovens sonhadores em busca da clichê-felicidade e do amor… por outro lado, entendo e respeito a decisão da Sar, hãhã, de “Psicodramas” de não abrir mão do formato atual de seu texto, uma vez que o texto original em inglês transmite exatamente as intenções dos autores, e qualquer tradução inevitavelmente resultaria em perdas de significado e mensagem.

    Observando a discussão q sucedeu-se, gostaria de fazer um pequeno comentário…

    O amor não tem idade, não tem etnia, não tem nacionalidade… e também não tem língua. A linguagem do amor é universal. Ainda que eu falasse a língua dos homems e falasse a lígua dos anjos, sem amor eu nada seria… E essa ultima frase quem disse não fui eu, mas Renato Russo em “Monte castelo”. (Sabia q ele teria mais credibilidade que eu. Vantagens póstumas…)

    Renato Russo sempre me faz refletir. Espero q as instigue das mesma maneira.
    Abraços.

    p.s.: mais uma vez, parabéns pelo texto.
    p.s.s.: eu não sabia q existia tal coisa! post scriptum scriptum! interessante… kkk latim não é meu forte ^^

    Comentário por bia — agosto 6, 2009 @ 8:30 pm | Responder

    • Na verdade, o que Renatao Russo fez na música foi parafrasear a passagem bíblica presente em 1 Coríntios, capítulo 13. Sei disso porque é uma das minhas preferidas:
      “O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece; não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade.
      Tudo perdoa, tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
      O amor jamais acaba.”

      Comentário por psicodramas — agosto 7, 2009 @ 3:20 am | Responder

      • Isso ai sarinha, já ia colocar isso tb… é um dos capitulos mais bonitos da bíblia. Mando bem cumpade!

        Comentário por Rapha — agosto 8, 2009 @ 12:35 am

  3. ups, ignore o p.s.s!
    vi dobrar a letra errada! ushaushuahsuah

    Comentário por bia — agosto 6, 2009 @ 8:35 pm | Responder

  4. Na verdade a música Monte Castelo musicaliza o sonetode Camões e o soneto de Camões é que é baseado na mensagem bíblica, mas no final dá o mesmo resultado.

    Quanto ao texto fiquei com preguiça de ler o final, por estar em outra língua, detesto inglês, sarinha nesse me entristeci, vc acha q por estar em inglês talvez a sentimentalidade nao fosse passada se trancrevesse o texto para português, mas saiba que se assim fosse o amor teria etnias, teria raça, teria língua, teria religião. (uma sugestão, algum dia leia Shakespeare, ele é o cara, fazia poesia, e a sua poesia tanto em inglês como em português tinha métrica, tinha rima, tinha sentimento)
    quanto a parte em português, mais uma vez só me cabe dizer, palavras muito bem escolhidas, quanto ao conteúdo realmente é fato que é triste perdermos parte de nosso otimisto para a realidade, perdemos nossa ingenuidade, deixamos de ser crianças propriamente ditas, e só nos resta guardar em nós a parte daquela criança que a gente sempre amou!

    Comentário por Rafa-Kun — agosto 10, 2009 @ 12:47 am | Responder

  5. Bom hoje fui parar pra ler a parte em inglês, apesar de detestar inglês até que leio bem, mas mesmo assim, não vi a impossibilidade de passar a sentimentalidade para o português.
    Enfim, de fato cabe a cada qual descobrir aonde está a sua felicidade, e é importante saber que o lugar dessa felicidade pode muda conforme você adquire mais experiência de vida, antes achava estar essa felicidade em meus amigos até sofrer decepções, e me sentir sozinho, mas finalmente eu achei o lugar da minha felicidade, o lugar não, os lugares, e acho que um deles deve ser comum a todas as pessoas, a fé, a crença seja lá qual for a sua, a minha está em Jeová Deus, mas há aqueles que não acreditam em deus (ateus)mas ainda sim tem suas crenças, há aqueles que buscam a felicidade nos espíritos, aqueles que buscam em Buda ou Shiva, o importante é se familiarizar com o que se acredita e ser fiel a isso, mas é importante ter uma fé, vc recorre a ela para se sentir bem, e até mesmo qnd tudo dá errado vc recorre a ela mais que a qualquer outra opção, e os outros lugares são a família, sua família junto a sua fé são os únicos que sempre estarão ao seu lado, e em terceiro identifique os verdadeiros e poucos amigos que podem recever o valor da sua felicidade.

    Comentário por Rafa-Kun — agosto 10, 2009 @ 12:29 pm | Responder

    • Err… Rafa, brother, se estou certo, a Sarah tanto conhece Shakespeare como é uma SUPER ULTRA FÃ e já leu, se não me engano, praticamente todas as obras dele, tanto em inglês como em português 😉 hehe

      Bom, quanto ao texto, como de costume, só elogios…
      Beijos pra minas e abraços pros manos xD

      Comentário por Diogo Ingnatti — agosto 15, 2009 @ 11:45 pm | Responder

    • ‘Dear'(haha) Rafito,
      Eu nunca disse que perderia a sentimentalidade, como você expôs. Eu disse que perderia ALGO que eu NÃO SABIA bem o que era… e que TALVEZ fosse SONORIDADE. Tendo explanado isso, hoje eu sei o que TALVEZ seria perdido: contexto. Não digo nem mais perdido. O texto apenas ficaria fora dele – do contexto – . Afinal, Rafito, ‘honey’ (haha), o diálogo elucidado foi produzido na minha aula de INGLÊS, na última aula antes da minha formatura no curso de INGLÊS. Nada mais razoável que eu o transcrevesse para cá em INGLÊS.
      All right?
      Besos!

      Comentário por psicodramas — agosto 19, 2009 @ 3:05 am | Responder

      • aceito mas nao concordo, kkkkkkkk
        so pra ser chato mesmo!

        Comentário por Rafa-Kun — agosto 19, 2009 @ 3:08 am

  6. Acho que muitos de nós tem, de certa forma, um olhar iludido do mundo quando jovens. Alguns demoram a acordar, outros percebem cedo (talvez cedo demais) do que realmente se trata. E, fazer um mundo melhor não é tão difícil assim, basta plantar uma arvore e dizer sempre bom dia ou boa noite. Não é muito mas faz diferença =).
    Devaneias muito bem. Gosto das tuas palavras. Gosto de lê-la.

    Comentário por Igor — agosto 12, 2009 @ 5:46 pm | Responder

    • faltou que para fazer um mundo melhor deve-se também comer as verduras e legumes que a mamãe manda!

      Comentário por Rafa-Kun — agosto 14, 2009 @ 1:26 pm | Responder


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