Psicoterapia que consiste em fazer os neuróticos improvisarem uma representação com cenas que retratem seu próprio comportamento na vida.

março 4, 2010

Autoajuda

Filed under: Uncategorized — psicodramas @ 5:22 am

Existem regras;

Não regras para um melhor desenvolvimento da economia mundial.

Não regras utópicas para que o pais se livre da politicagem conspurcada.

Não regras para salvar o planeta do aquecimento global, da escassez e da poluição – não, não me aludo a essas.

Refiro-me à regras para ter um melhor aproveitamento da vida.

Regras simples, não menos nem meras, apenas regras.


Existem regras;

A primeira, a mais importante delas: seja honesto(a)

Fundamental, primordial.

Honesto com ela, honesto com ele, honesto com você mesmo.

Qualquer relacionamento melhor fluirá, a pessoa poderá ajudar,

as verdades não irão falhar!


Existem regras;

Acredite em contos de fadas.

O que pensas, não existem?

Tire isso da cabeça, você vem da onde achar que deve vir!

Eu vim da Terra, onde as pessoas brotam com seus esforços e colhem frutos através das árvores.
As coisas positivas fluem com o vento, terra dos tormentos,
me busque de charrete carregada por unicórnios!

Existem regras,

O tempo não é seu inimigo, é seu amigo.

Você pode fazer o que quiser fazer, o tempo irá auxiliar nisso.

Não há demora. Não há pressa. Só há o tempo, ‘oras’! tic tac, tic tac…


Existem regras;

O sexo tem que ser bom.
E pare por aí.


Existem regras;

Seja piedoso(a).

Excetuando-se com bancos, filas e multas de trânsito.


Existem regras;
A última: Não vá em busca da felicidade.
A felicidade é um sentimento apenas. Ser feliz não é material, é algo além…
Aproveite os bons momentos, a felicidade CONTIDA neles.

Claro que eu poderia ter lhes dado um livro sobre o assunto. Mas, talvez, a vida real seja melhor do que faz-de-conta. A vida não é um conto de fadas. Sejamos honestos. Afinal, é a regra número um.

setembro 17, 2009

Mais que um clichê.

Filed under: Uncategorized — psicodramas @ 2:16 am

Não era amor. Era conversa. Aliás, eram horas e horas a fio, noites passadas em claro de conversas. Eram e-mails, scraps no Orkut, DMs no Twitter, telefonemas, sms, cartas, código Morse, pombos-correio, sinais de fumaça… todos destilando interesse com educação. Eram olhares correspondidos, sorrisos dados de graça. Era coincidência. Aliás, eram muitas e muitas coincidências no mais abrangente plural – Você ama, adora, gosta, sente, lê, ouve, come, bebe, odeia isso TAMBÉM? -. Era admiração. E de ambas as partes. Era uma alma jovem reprimida num corpo e uma mente obsoleta condenada a um corpo jovem. Era um perfume forte, mas característico que vinha dela, era um entusiasmo nada característico que vinha dele. Era um toque simples, pueril, sutil dos dois. Eram surpresas, atitudes inesperadas, só souberam que seriam capazes de agir assim naquele exato momento. Era tensão, nervosismo, ansiedade, insegurança, dúvida. Eram muitos “serás” e “se´s” . Era imaginação que descia pela garganta queimando até explodir no âmago do alma e faiscar na pele. Mas era real. Só não era amor. Não era permitido ser amor. Mas era melhor. Era começo.

agosto 26, 2009

Introdução à Psicologia

Filed under: Uncategorized — psicodramas @ 3:23 am

Cada um tem a sua conformação espiritual, e ela não se altera com os anos. É tão estável quanto nossas características genéticas. As conjunturas é que mudam, admitindo por vezes que determinados tipos apresentem de si uma efígie nova e até surpreendente, num desmentido a julgamentos anteriores. Apenas em certas circunstâncias é que se consegue medir bem a têmpera de alguém, seu acúmen, sua insanidade, sua poesia, sua capacidade de amar. Contudo, as pessoas não mudam. Mudam as luzes e os ângulos com que as vemos. Por isso somos amiúde compelidos a alterar ponderações anteriores, errôneas ou incompletas sobre elas. Machado de Assis já assinalava, contrário a voz corrente, que a ocasião não faz o ladrão. A ocasião faz o roubo. O ladrão já nasce feito. A honestidade também não é um atributo permanente. É uma conquista. Permanente é a tentação e a chance de sucumbir a ela. Já era articulado que a saúde é uma circunstância provisória que não prenuncia nada de bom. E assim também segue a virtude. Tudo é provisório no indivíduo, até o crime. Quando encontro alguém, após ausência de duas semanas, sempre inicio a conversa com cautela. Posso não ter mais diante de mim a mesma pessoa.

agosto 5, 2009

mudanças and changes y cambios

Filed under: Uncategorized — psicodramas @ 4:18 pm

Nos últimos dez minutos da última aula que antevira o ‘Graduation Day’, nos foi pedido uma ‘assignment’ que consistia em um diálogo com tema livre, coisa pequena mesmo, para nós mesmos lermos depois de uns anos. Sabe, lembrar as pessoas que éramos e comparar com as que seríamos, no dia em que lêssemos (quantas conjugações difíceis). Se minhas contas estão corretas, isso já faz uns quatro anos. Não sei bem se mudei muita coisa de lá para cá, acredito que tinha uma visão mais utópica acerca da vida. Aquele sonho revolucionário/rebelde de adolescente sensível que quer mudar o mundo. Eu ainda tento – ainda que de uma maneira mais cética – mudá-lo, mas parte dos sonhos utópicos e da sensibilidade ficou para trás. O realismo bate quando mais responsabilidades chegam (não, não sou nenhuma ‘mãe de família’, mas responsabilidade independe dessas condições, na minha mais humilde opinião) e você vai ficando cada vez mais incrédulo a respeito de promessas de um mundo melhor e mais bonito para você e seus futuros filhinhos que, da exata mesma maneira como te enalteciam, também são o futuro da nação. E os filhinhos dos seus filhinhos também os serão. E assim conseguintemente.

Ok, chega de fazer o papel daquele que conta que “Papai Noel não existe”. A bem da verdade, todos vocês já sabem disso. Mas é bom sempre acreditar, não é? Eu ainda acredito também. E quando conheço alguém ainda mais cético, incrédulo, enfim, chato que eu, faço o papel da hippie que fica entre a árvore e o lenhador, da humanitária Madre Teresa de Calcutá que ajuda crianças carentes, do empresário milionário que doa parte dos seus milhões para pesquisas sobre doenças até então sem cura. Ou seja, faço o papel daquele que acredita sim no tão falado mundo melhor. Porque eu acredito mesmo… Sempre seguido por um ‘apesar dos pesares’, mas acredito.

Ah é, e este que vos segue é o suposto diálogo. Permitam-me situá-los, são duas pessoas em partes diferentes do mundo falando ao telefone:

– Hi, it´s me. Yeah, hum, I… I´m sorry, I know it´s late there, I just… What happened to us? You know? I don´t know who I am anymore. Or how I got here. I miss who I used to be. I wanna have a home again you know? I miss that. I miss you. I guess I miss all of it. Is any of that make any sense?

– Yeah, makes all the sense in the world. A while ago, it all seemed so clear, didn´t it? Conquer the world, save the world… live happy ever after…

– Are you happy?

– Sometimes… not always. Are you?

– No.

– Ok, than let me ask you something: what is going to make you happy? Is how do you look? Or the car you drive or the people you know? Is it money or celebrity or power or acomplishments? Because I have all those things and… I don´t think it´s enough.

– Well, then, what is?

– Love, I guess. And that love can be for a man or woman… or a place, or a way of life, or even for a family… But where you find it it´s up to you. So where are you going to find that love?

– I think I need to go home.

– Yeah, I was hoping you´d say that.

julho 30, 2009

Vômito Político

Filed under: Uncategorized — psicodramas @ 6:18 pm

Juro que relutei ao máximo escrever sobre política. É bem clichê, considerando certas circunstâncias minhas. Contudo, após minha viagem a SP, a situação mudou de figura. Lá, conheci dezenas de prefeitos e suas respectivas prefeituras graças ao trabalho de quem chamo de Mama África. Definitivamente, não era lá meu ideal de férias, mas não reclamo. A bem da verdade, isso adicionado a boas doses de RPM (sabe aquela vontade que dá do nada de ouvir um CD que você não ouve há tempos?) serviram para este post que vos segue. Mas, diferentemente dos políticos, eu não prometo nada:

A série de telefonemas que abarcam o clã Sarney, onde aparecerem a neta Bia, o filho Fernando, o ‘padrinho’ Agaciel e, claro, o próprio senador-paternalista, é de tirar o fôlego. É válido dizer que é um tratado do modus operandi da política brasileira, onde o cargo público vira posse de certo grupo político. Há até uma certa afabilidade na preocupação paterna para ajeitar o cargo ao namorado da filha, como se estivesse falando nos preparativos do casamento deles. O que derruba a tese de que a família unida representa o que há de mais admirável na sociedade. Família unida, neste caso, lê-se quadrilha.

Por ordem judicial, foram feitas gravações pela Polícia Federal que mostram claramente a ‘afinidade’ entre José Sarney e Agaciel Maia – isso mesmo, aquele dos atos secretos. Na época, ele nem era presidente do Senado – o grampo é entre março e abril do ano passado, quando a Casa era presidida por Garibaldi Alves – é evidente o relacionamento comprometido entre ambos, e mais evidente ainda o fato de que o senador mantinha participação ativa nos atos secretos de nomeações de parentes e apadrinhados. Se isso derrubará Sarney? Provavelmente (infelizmente?) não. A questão é bem mais profunda, talvez nem seja mais uma questão unicamente política.

Acompanhando o desenrolar das ligações, percebemos mais que apenas a família Sarney, é crível para até mesmo solucionarmos a própria cultura brasileira (ok, lá vou eu dar uma de socióloga). Há muito do Brasil nesta conversa para conquista de um cargo público. E, muito além do que apenas em execração do presidente do Senado – o que, convenhamos, até agora teve pouco efeito -, é preciso reformular alguns conceitos sobre o modo brasileiro de resolver seus problemas. O tal ‘jeitinho’, embora condenável hoje em dia, ainda é o que impera e sob essa forma de conduta aparece o uso da coisa pública como algo pessoal.

É preciso olhar ao lado, nas câmaras municipais, nas prefeituras, nas entidades classistas, nos sindicatos, e ver como as instituições são geridas, na própria conquista de um emprego, na disputa de algum campeonato, enfim, onde há correlação de força, o nosso jeito aparece para escapar de regras comuns, e força a diferenciação entre uns e outros. “Todos iguais, mas uns mais iguais que outros”, escreveu George Orwell na fábula Revolução dos Bichos. É assim que o Brasil ainda se vê.

julho 12, 2009

Mas. Mas. Por que isso?

Filed under: Uncategorized — psicodramas @ 4:42 am

Acordei meio literária hoje. Com vontade de ser lida. E é quase que parafraseando essa comunidade do Orkut (da qual, por sinal, sou partícipe) que começo este blog. A ensejada Vontade fez-se presente inúmeras vezes. E vem, comumente, depois de um livro. Daí, passo a narrar na minha cabeça minha própria vida – também existe uma comunidade para este distúrbio – e de repente, no meio da noite, vem a Inspiração. As frases surgem como se eu estivesse na verdade lendo, não pensando. E sempre à noite. Estranhamente, é uma Inspiração passageira… Ou melhor, uma visitante. Fazia uma cortesia rápida a minha alma, voltava um outro dia para um café, ia embora, outra vez tocava a campainha e pedia uma xícara de açúcar… Uma madrugada dessas de fastio deliberei em convidá-la para dormir comigo. Ela imediatamente aceitou. A prova cabal é o fato de eu estar aqui justamente escrevendo. Talvez as peculiaridades do meu quarto como uma luminária kind of psicodélica (intitulada por amigos de “Luminária do ABBA”) a agradem e a façam ficar. Senão, farei o favor de excluir este domínio da Internet.

A Inspiração também reconhece suas influências, sabe? Um blog de alguém especial, ou ainda, um blog de ninguém em especial, mas com posts brilhantes que a fizeram ferver!

Lembro-me quando blogs eram diários da vida de adolescentes cool’s que escreviam sobre o que faziam das suas vidas cool’s. Eu pagava pau – em boa gíria brasiliense. Nem lia, mas imaginava que como tantos o faziam, a vida daqueles era no mínimo muito atraente, o que comparando com minha nada excêntrica vidinha, fazia-me parecer tão… normal. Eu não queria ser só normal, isso soava comum. E ninguém quer ser comum aos 12 anos. Hoje percebo como a questão pode ser obtusa.

Enfim, parece-me que atualmente os blogs deixaram de ser cool e passaram a ser cult. Ora, há aí uma HUGE diferença. Não se conta mais o que se faz. Mas sim, destrincha-se sobre uma determinada ideia. Conta-se uma estória metaforizando determinada situação. Indica-se um livro, um filme, um programa de TV. Aguça-se certas opiniões, instiga-se outras. E por aí vai. Bem melhor. Bem melhor.

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