Psicoterapia que consiste em fazer os neuróticos improvisarem uma representação com cenas que retratem seu próprio comportamento na vida.

setembro 17, 2009

Mais que um clichê.

Filed under: Uncategorized — psicodramas @ 2:16 am

Não era amor. Era conversa. Aliás, eram horas e horas a fio, noites passadas em claro de conversas. Eram e-mails, scraps no Orkut, DMs no Twitter, telefonemas, sms, cartas, código Morse, pombos-correio, sinais de fumaça… todos destilando interesse com educação. Eram olhares correspondidos, sorrisos dados de graça. Era coincidência. Aliás, eram muitas e muitas coincidências no mais abrangente plural – Você ama, adora, gosta, sente, lê, ouve, come, bebe, odeia isso TAMBÉM? -. Era admiração. E de ambas as partes. Era uma alma jovem reprimida num corpo e uma mente obsoleta condenada a um corpo jovem. Era um perfume forte, mas característico que vinha dela, era um entusiasmo nada característico que vinha dele. Era um toque simples, pueril, sutil dos dois. Eram surpresas, atitudes inesperadas, só souberam que seriam capazes de agir assim naquele exato momento. Era tensão, nervosismo, ansiedade, insegurança, dúvida. Eram muitos “serás” e “se´s” . Era imaginação que descia pela garganta queimando até explodir no âmago do alma e faiscar na pele. Mas era real. Só não era amor. Não era permitido ser amor. Mas era melhor. Era começo.

10 Comentários »

  1. Com toda sinceridade, ficou muito bom. Verdadeiro. Hoje sem comentarios com sentido de brincadeira, essa postagem merece mais! Fica com Deus!Beijo, te amo…se cuida

    Comentário por Rapha (PH) — setembro 17, 2009 @ 2:32 am | Responder

  2. Quando o saber, quer dizer o achar que sabe, nos colocamos diante de algo abstrato, onde a sua existência é certa mas a sua mutação não podemos prever…a pior inimiga da sanidade é a imaginação… não é a toa que um sentimento como esse é insano ao ponto de, nos levar a pensar o porquê de determinados atos feitos por nós mesmos, eu diria que o amor é um sentimento de duas fases, pois pode nos levar ao topo da felicidade, onde o medo de tudo acabar pode nos levar a loucura, e se de fato acabar, nos derruba, ou seja, amar é deixar de lado a razão, é ser “louco”… e ser “louco” nada mais é do que ser HUMANO.

    Comentário por dimas — setembro 17, 2009 @ 2:58 am | Responder

  3. Sarah, tem certeza que você não entende poesia? O que vejo aqui é pura poesia, pode não ter versos, estrofes, mas tem toda magia e encantamento, pode-se até se ouvir a melodia dita nas palavras, ouvir uma música, lê-la causa arrepios de excitação, calafrios de encantamento!
    De fato paixão incandescente que queima aquece a alma, fortalece o coração e ilumina a mente!
    A paixão é o meio para se chegar e manter aceso o amor, e assim como o amor se distingue, a paixão também se faz, paixão amiga, paixão de homem e mulher, paixão família, paixão pela vida, e é isso q mantém nossa alegria e o amor que temos por poder viver todos os dias cada uma dessas belas coisas!

    Sarete dessa vez vc me surpreendeu muito, e foi uma surpresa muito boa, esperei um texto como os anteriores, indiferentes aos sentimentos, exposição de idéias, e quando comecei a ler fiquei extasiado com uma descrição tão cheia de detalhes quando sentimos a revolução de sentir algo novo! Sarete, se antes já me identificava em alguns dos seus textos, dessa vez posso literalmente dizer que falamos a mesma língua!

    Só me resta elogiar-te por sua versatilidade!
    Parabéns Rosinha!
    Beijos

    Comentário por Rafa-Kun — setembro 17, 2009 @ 3:01 am | Responder

  4. Sarita, meu anjo!
    É bom lembrar, e salientar o suficiente o quão bom é ter amigos sucinto em tudo.
    Tu simplesmente ‘definiu’ tal proeza, o ‘amor’, coisa esta q eu jamais saberia.
    hahaha. Não é balela, é coeso. Quando tu cita:’até explodir no âmago do alma’, pude entender que, eu, mesmo sem amor, posso sentir, o âmago de minha alma e ver que quanto é bom viver, para amar e ser amado, mesmo com todos os “se’s”

    Comentário por Iris — setembro 18, 2009 @ 3:33 am | Responder

  5. Bem…..simplismente sem palavras.Com certeza umas das coisas mais lindas e profundas q eu jah li!!Com uma sinceridade q da ate arrepio pelo modo como vc escreve.Com certezaa meu comentario será perdido no meio dessas pessoas super hiper mega blaster cults =PPP.Mas tem td meu apoiooo para continuar a escever amigaaa fico perfeitoo.A-D-O-R-E-I….bjaum e nçao deixe que o sucesso suba a cabeça
    HAIhaiuHAIUHiuahiuHAIUHiuhaiUHAIUHiuahua
    xD

    Comentário por Carolllll — setembro 18, 2009 @ 4:12 am | Responder

  6. Claro e subjetivo. Como o amor.
    saudade de você e de entender o que se passa ^^

    Comentário por Torracca — setembro 18, 2009 @ 5:09 am | Responder

  7. Wow. adorei

    Comentário por Gabriel Rodrix — setembro 28, 2009 @ 2:59 am | Responder

  8. De onde essa garota apareceu no meu Twitter? Nos tempos que eu estava pensando em quem teria matado a poesia.

    Comentário por Gabriel Rodrix — setembro 28, 2009 @ 3:06 am | Responder

  9. De um romantismo pungente, com um toque de moderno. Impressiona a naturalidade com que as palavras fluem. E a prosa se faz poesia, em um texto leve, suave, que não cai na futilidade geralmente observada ao tentar abordar um tema que, em minha opinião, é tão complexo. Não ouso ir adiante. Deixo as frases bonitas para escritoras de belas palavras, como você.

    Comentário por Igor — setembro 28, 2009 @ 1:55 pm | Responder

  10. queremos novo post!

    Comentário por Gabriel Rodrix — fevereiro 24, 2010 @ 1:34 pm | Responder


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